Mato Grosso do Sul está consolidando sua posição como um dos principais polos agrícolas do país, com a citricultura emergindo como uma das apostas mais promissoras do Estado.
Atualmente, são 15 mil hectares dedicados ao cultivo de laranjas, com projeção de alcançar 30 mil hectares nos próximos anos. Esse crescimento expressivo é impulsionado por condições climáticas favoráveis, um ambiente produtivo adequado e uma legislação rigorosa, que adota “tolerância zero” ao greening, doença que já causou estragos em pomares ao redor do mundo.
A citricultura sul-mato-grossense não apenas avança em quantidade, mas também em qualidade. As laranjas produzidas no Estado estão sendo qualificadas para atender tanto o mercado interno quanto o externo, garantindo padrões que agregam valor à produção.

O Governo do Estado tem desempenhado um papel fundamental nesse cenário, com investimentos robustos em infraestrutura e logística. A melhoria das estradas e a modernização dos sistemas de escoamento da produção são prioridades, facilitando o acesso às regiões produtoras e reduzindo custos operacionais.
Além disso, o governo atua como mediador entre os produtores e órgãos estaduais, especialmente em questões energéticas, assegurando um ambiente propício para o crescimento do setor.
O governador Eduardo Riedel destacou a importância desse avanço: “Estamos vivendo um novo momento em Mato Grosso do Sul, com a citricultura se tornando uma atividade estratégica para o Estado.
Hoje, já contamos com quase 30 mil hectares de laranja plantados, um projeto audacioso que abre portas para a industrialização do setor no futuro. A confiança dos produtores em investir aqui é um reflexo do potencial que temos”.
Com essa nova fronteira agrícola, Mato Grosso do Sul não apenas diversifica sua economia, mas também reforça sua vocação para o agronegócio, atraindo investimentos e gerando oportunidades para toda a cadeia produtiva.
O futuro da citricultura no Estado promete ser ainda mais brilhante, com perspectivas de avanços tecnológicos e a consolidação de uma indústria forte e competitiva.

A Força Feminina na Citricultura do Mato Grosso do Sul
A jornada de Ana Paula do Nascimento começa cedo, às 5 horas da manhã. Ela prepara as crianças para a escola e se dirige ao barracão da Fazenda Pouso Alegre, localizada em Dois Irmãos do Buriti. Lá, começa a organizar as vendas de laranjas e as tarefas do dia, pois a colheita inicia às 7 horas.
Administradora da propriedade rural, ela enfrenta o desafio de comandar uma produção que abastece o comércio local e até mesmo cidades como Dourados e Campo Grande. Sendo uma mulher à frente da fazenda, Ana Paula conta que é um grande desafio, mas seu trabalho é respeitado e valorizado pela equipe de funcionários e diaristas.
Nascida em Naviraí, sua trajetória não foi fácil, mas ela nunca enfrentou preconceito no ambiente rural. Após uma separação, Ana Paula se mudou para Dois Irmãos do Buriti, onde começou como diarista na fazenda, e rapidamente escalou para funções mais complexas até chegar à administração.