A Revolução do Pix e o Cenário dos Novos Golpes
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A Revolução do Pix e o Cenário dos Novos Golpes

A Revolução do Pix e o Cenário dos Novos Golpes nos dias de hoje, na era digital em pleno vigor, as artimanhas se multiplicam a uma velocidade surpreendente. Semanalmente, surgem variações inéditas de ardil, evidenciando a inventividade e o aprimoramento contínuo dos criminosos.

Não mais se trata de ardil desajeitado, tramado por um vigarista solitário. Agora, estamos diante de embustes em massa, orquestrados por organizações criminosas cada vez mais bem estruturadas. Os cúmplices da delinquência estão aprimorando suas habilidades de forma especializada.

Entretanto, em meio à miríade de delitos digitais, um deles se destaca pelo seu potencial de causar estragos substanciais em uma parcela considerável da população: o inovador golpe do Pix, notavelmente distinto das fraudes que predominavam até então.

Conforme relato de Francisco Gomes Junior, um renomado advogado especializado em direito digital e presidente da ADDP (Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor), essa nova modalidade criminosa relacionada ao Pix introduz um malware no smartphone da vítima.

A partir desse ponto, os criminosos ganham acesso remoto à conta bancária, assumindo o controle dos comandos do aparelho e provocando danos consideráveis, até mesmo zerando o saldo da conta da vítima.

Embora tenha sido identificado há aproximadamente 8 meses, esse novo golpe já causou prejuízos substanciais e figura como a segunda fraude mais registrada no Brasil em 2023.

“Os crackers, hackers que se dedicam a atividades ilícitas, infectam o celular da vítima por meio de notificações falsas e aplicativos fraudulentos. Uma tática de invasão que se tornou comum é o envio de uma mensagem informando que uma atualização do WhatsApp é necessária para uma nova versão.

Ao clicar no botão de atualização, um malware é instalado, um programa malicioso que coleta informações, incluindo a localização do celular e outros dados, permitindo que os criminosos identifiquem os momentos mais propícios para acessar o aplicativo bancário da vítima”, explica o especialista.

Esse software espião é capaz de monitorar o acesso às contas desde o início, antes mesmo da solicitação de senha. Com acesso remoto, os criminosos podem alterar destinatários em transações bancárias ou até mesmo realizar uma única transferência Pix, esvaziando o saldo existente na conta.

“Dado que esse golpe é executado por meio de software, ele é altamente automatizado, o que significa que os criminosos podem perpetrar a fraude em grande escala. Não se trata mais de um golpe manual que visa uma conta de cada vez. É um avanço significativo no cenário das fraudes digitais”, afirma o advogado.

A prevenção contra esse novo golpe exige uma atenção redobrada ao usar o celular. Evite clicar automaticamente em mensagens de atualização ou solicitações de acesso. Mantenha um alto nível de desconfiança em relação a todas as mensagens e analise-as minuciosamente.

O presidente da ADDP enfatiza que a atualização de qualquer aplicativo não deve ser feita por meio de links. “A abordagem mais segura é acessar a loja de aplicativos de onde você baixou o aplicativo, verificar se há uma versão mais recente e atualizá-lo a partir dessa fonte, evitando links suspeitos. Mesmo nas lojas de aplicativos, tome cuidado”.

Por fim, é crucial manter seu sistema operacional sempre atualizado, instalar um antivírus confiável e bloquear mensagens suspeitas. Além disso, é imperativo monitorar regularmente sua atividade bancária. É chegada a hora de intensificar os cuidados.

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